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Conselheiro do TCE-MS suspeito de corrupção já recebeu mais de R$ 1 milhão desde que foi afastado do cargo

Conselheiro afastado do TCE-MS Ronaldo Chadid. Reprodução O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) Ronaldo Chadid segue recebendo sa...

Conselheiro do TCE-MS suspeito de corrupção já recebeu mais de R$ 1 milhão desde que foi afastado do cargo
Conselheiro do TCE-MS suspeito de corrupção já recebeu mais de R$ 1 milhão desde que foi afastado do cargo (Foto: Reprodução)

Conselheiro afastado do TCE-MS Ronaldo Chadid. Reprodução O conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) Ronaldo Chadid segue recebendo salário mesmo após ser afastado do cargo por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro. Desde dezembro de 2022, os proventos somam mais de R$ 1 milhão. Segundo o Portal da Transparência do TCE-MS, em junho, Chadid recebeu R$ 41.694,99 líquidos. Deste total, R$ 31.233,99 correspondem ao salário e R$ 10.461 a outros pagamentos legais ou judiciais. Desde o afastamento, ele já recebeu o total de R$ 1.169.810,90, conforme os dados públicos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Um levantamento feito pelo g1 mostra que o salário bruto atual de Chadid é de R$ 47.703,86. Além disso, em alguns meses ele recebeu valores extras registrados como "outros pagamentos legais ou judiciais". Nesta quarta-feira (13), o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), decidiu prorrogar por mais um ano o afastamento do conselheiro. Apesar de não estar em atividade, ele seguirá recebendo o salário. A lei garante que magistrados e conselheiros afastados cautelarmente continuem recebendo remuneração até que haja decisão final da Justiça. O g1 questionou a defesa sobre a opinião do conselheiro em continuar recebendo salário sem exercer o cargo, mas não obteve resposta. Sobre a decisão A decisão de manter Chadid afastado foi tomada a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Conforme o órgão, os motivos que levaram ao afastamento continuam válidos. No documento, Falcão afirma que as restrições precisam continuar para preservar a reputação, a credibilidade e a imagem do Tribunal de Contas. As medidas cautelares foram prorrogadas até 13 de agosto de 2026. Nesse período, Chadid seguirá usando tornozeleira eletrônica e não poderá deixar o país nem ter contato com outros investigados. Ao g1, os advogados Gustavo H. Righi I. Badaró e Jennifer C. A. Falk Badaró, informaram que a decisão será impugnada pelos meios legais. Veja abaixo a nota na íntegra: "Recebida na data de hoje, sobre a decisão do Ministro Francisco Falcão que prorrogou por mais 1 (um) ano as medidas cautelares impostas a o Conselheiro do TCE/MS Ronaldo Chadid, esta Defesa informa que se tratou de decisão monocrática, da qual se discorda veementemente, uma vez que não se encontram presentes os motivos ensejadores das medidas, as quais estão sendo mantidas por prazo desarrazoado. A decisão será impugnada pelos meios legais, devendo ser reanalisada pela Corte Especial, de forma colegiada. A decisão foi proferida em processo que tramita sob sigilo, por determinação judicial, motivo pelo qual não pode prestar mais esclarecimentos sobre o tema." Entenda o caso Em 2021, a Polícia Federal encontrou R$ 890 mil em espécie na casa de Chadid e outros R$ 730 mil na residência de sua assessora, durante a Operação "Mineração de Ouro". Segundo os investigadores, os dois não conseguiram justificar a origem do dinheiro e apresentaram gastos elevados com pagamentos em espécie. A Polícia Federal suspeita que o dinheiro seja parte de uma propina paga por uma empresa de coleta de lixo. O valor teria sido entregue a Chadid em troca de uma decisão favorável no julgamento de um processo que poderia encerrar o contrato da empresa com a prefeitura de Campo Grande. Em março de 2024, o STJ adiou a análise da denúncia de lavagem de dinheiro contra Chadid. Na ocasião, o relator do inquérito, ministro Francisco Falcão, destacou diversas compras feitas por Chadid com dinheiro vivo como justificativa para aceitar a denúncia. A ministra Nancy Andrighi, revisora do caso, concordou com o voto do relator. Já o ministro Luis Felipe Salomão pediu mais tempo para analisar o processo. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul

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